segunda-feira, 9 de maio de 2011

Quando nasceu a igreja católica?

A leitura (mesmo que superficial) no Novo Testamento revela que a Igreja Católica não tem sua origem nos ensinamentos de Jesus, ou dos apóstolos (como ensina a igreja católica). O novo Testamento não faz menção do papado, adoração a Maria (ou a imaculada concepção de Maria, a virgindade perpétua de Maria, a ascensão de Maria ou Maria como co-redentora e mediadora), petição por parte dos santos no Céu pelas orações, o batismo de crianças, confissão de pecados somente ao padre, purgatório, indulgências ou igual autoridade da tradição da igreja e da Escritura.

Pelos primeiros 280 anos da história cristã, o Cristianismo foi banido pelo Império Romano, e os cristãos foram terrivelmente perseguidos. Isto mudou depois da “conversão” do Imperador Romano Constantino. Constantino “legalizou” o Cristianismo pelo Edito de Milão, em 313 d.C. Mais tarde, em 325 d.C., Constantino conclamou o Concílio de Nicéia, em uma tentativa de unificar o Cristianismo. A partir de então, o cristianismo passou a ser a religião oficial do império. Tal fator poderia ser bastante positivo, no entanto, a oficialização do cristianismo abriu as portas para o paganismo na igreja. Muitas das religiões pagãs “infiltraram-se” no cristianismo para fugir da perseguição que fatalmente ocorreria aos não cristãos. Constantino permitiu, e mesmo promoveu a “cristianização” de crenças pagãs. Crenças completamente pagãs e totalmente não-bíblicas ganharam nova identidade “cristã”.

Vejamos alguns exemplos desta “cristianização”:

1. O Culto a Ísis, deusa-mãe do Egito. Foi substituio o culto a Ísis por Maria (mãe de Jesus). Muitos dos títulos que eram usados para Ísis, como “Rainha dos céus”, “Mãe de Deus” e “theotokos” (a que carregou a Deus) foram ligados a Maria. A Maria foi dado um papel exaltado na fé cristã, muito além do que a Bíblia a ela atribui, com o fim de atrair os adoradores de Ísis para uma fé que, de outra forma, não abraçariam.

2. Um henoteísta é alguém que crê na existência de muitos deuses, mas dá atenção especial a um deus em particular. Quando a Igreja Católica absorveu o paganismo romano, ela simplesmente substituiu o panteão de deuses pelos santos. Assim como no panteão romano de deuses havia um deus do amor, um deus da paz, um deus da guerra, um deus da força, um deus da sabedoria, etc, da mesma forma, na Igreja Católica havia um santo “responsável” por cada uma destas coisas, e muitas outras categorias. Assim como muitas cidades romanas tinham um deus específico para ela, também a Igreja Católica providenciou “santos padroeiros” para as cidades.

3. A supremacia do bispo romano (o papado) foi criada com o apoio de imperadores romanos. Com a cidade de Roma sendo o centro do governo para o Império Romano, e com os imperadores romanos vivendo em Roma, a cidade de Roma alcançou proeminência em todos os aspectos da vida. Mesmo a maioria de outros bispos (e cristãos) resistindo à ideia da supremacia do bispo romano, o bispo romano ascendeu à supremacia, por causa do poder e influência dos imperadores romanos. Quando houve a queda do Império Romano, os papas tomaram para si o título que anteriormente pertencia aos imperadores romanos - Máximo Pontífice.

3.1 Pergunto a vocês: Porque a sede da igreja não se estabeleceu em Jerusalém, mas sim em Roma?

Existem muitos outros exemplos, mas acredito que estes três são o bastante para lançar luz sobre o tema. Naturalmente a igreja Católica nega a origem pagã de seus credos e práticas, o principal argumento é a “tradição da igreja”. Reconhecendo que muitas de suas crenças e práticas são em essência estranhas à Escritura, a Igreja Católica é forçada a negar a autoridade e suficiência da Escritura; o que é totalmente descabido, visto que a única autoridade para a fé é a Bíblia e nada mais.

A origem da Igreja Católica é a trágica mistura de Cristianismo com religiões pagãs que o cercavam. Ao invés de proclamar o Evangelho e converter os pagãos, a Igreja Católica “cristianizou” as religiões pagãs e “paganizou” o Cristianismo.

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